Na administração do Prefeito Municipal Victorio Bonfanti, eleito em outubro de 1963, o serviço de abastecimento de água e de afastamento de esgotos foi transformado em AUTARQUIA MUNICIPAL, com personalidade jurídica própria, sendo uma medida de significativa melhoria para a cidade. E em 18/07/1966 pela Lei nº 713 foi criado o DAEL (Departamento de Água e Esgoto de Leme).
A Lei n º 1186 de 07/11/1973, na administração do Prefeito Joaquim Lopes Troya alterou a denominação para SAECIL (Superintendência de Água e Esgoto da Cidade de Leme)) e deu outras providências.
A Lei Complementar nº 218 de 01/04/1998 na administração do Prefeito Nilo Sergio Pinto alterou a Lei anterior e é a que está em vigência atualmente com algumas alterações.
E em 24/02/1975 deu-se a aprovação do Regulamento dos serviços da SAECIL através do Decreto nº 10240 atualmente em vigor.
Das águas cristalinas de uma nascente na Fazenda Retiro, hoje BOSQUE MUNICIPAL, surge a primeira e histórica adutora para abastecimento da população lemense.
O Prefeito na época, Dr. Custódio Ângelo de Lima em contatos com a família do Cel. João Franco Mourão, conseguiu por doação expontânea da área que envolvia a nascente com a escritura de doação transcrita em 12/09/1935.
Com serviços de drenagem executados para drenar toda a área espraiada pela nascente, a canalização saiu da citada área, atravessando a hoje Via Anhanguera, conduzia por gravidade a água até um reservatório construído na Av .Benedito Landgraff, esse reservatório. Dele por bombeamento a água era conduzida para o reservatório elevado de 250m3 localizado onde hoje é a sede da SAECIL, também construído naquela oportunidade. E no dia 12/12/1936 jorrava água na cidade de Leme pela primeira vez, em sua vida.
Com o crescimento da cidade mais água tornou-se necessária. E a história registrou mais uma vez o nome do Dr. Custódio Ângelo de Lima. Novamente Prefeito, encontrou uma nascente na Fazenda Santo Antônio, à 7 Km. da cidade, de propriedade do Sr. Elias Landgraff. E num esforço sobrenatural, com adutora fºfº tendo seus canos puxados por carros de boi, num terreno tortuoso, íngreme, em rocha de pedra, conseguiu conduzir essa água para a torre elevada existente na sede da SAECIL.
Em 20/10/49 fazia s transcrição da escritura da ação expropriatória. Construindo dois filtros lentos na baixada da área de 6 alqueires envolvendo a nascente, canalizou até a cidade. E em 12/08/1950 a água foi distribuída à população lemense. Feito heroico, pois que as dificuldades foram enormes para execução dessa obra que com mais água trazia mais progresso para a cidade.
E em 1958, com o então Prefeito Armando Coelho, o qual conseguiu verba no Governo do Estado, foi perfurado o primeiro poço profundo no Município, localizado na Av. Benedito Landgraff, em frente à Rodoviária, e atualmente alienado a particular com toda a área e o reservatório enterrado inclusive. Do poço a água era recalcada no reservatório construído em 1936 e reforçava o abastecimento público. Daí para acompanhar o crescimento populacional, mais poços foram surgindo. Em 1964, o Prefeito Victório Bonfanti perfurou o segundo poço na vila S. Jorge, construindo no Bairro Sumaré um reservatório, o qual recebia a água recalcada do poço profundo e abastecia a cidade. Mais quatro poços foram tentados e perfuraram mas nenhum deu resultado positivo. Mais dois poços foram perfurados na área da nascente da Fazenda Retiro, hoje Bosque Municipal, com regular produção.
Juntando as água da primeira nascente, da segunda do Landgraff, dos 4 poços havia uma produção de cerca de 40 litros/segundo, quantidade pequena que não iria acompanhar crescimento nenhum e também mostrava que perfuração de poços não daria resultado, pois ficou provado que a perfuração dos outros que a nossa formação geológica era de basalto e não era propícia a produzir água através de perfuração de poços. Não havia outra saída senão partir para a captação de água em ribeirão ou rio que fosse abundante.
Mas o problema financeiro era o grande entrave. Era o ano de 1968. Na ocasião o Prefeito Victório Bonfanti estava em licença desde Maio, tendo assumido o Vice-Prefeito Ricardo Landgraff. E uma luz iluminou o caminho de nossa cidade. Ricardo Landgraff era amigo do Deputado Salvador Julianelli, que por sua vez era aliado do Governador Roberto de Abreu Sodré. Tentou o Prefeito Ricardo conseguir alguma coisa do Governo Estadual. Num extraordinário golpe de sorte, o empenho do Prefeito com o Deputado acabou na decisão do Governador em autorizar e financiar o estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira para captação de água para a cidade. Com esse estudo seria possível obter um financiamento junto ao BNH (Banco Nacional de Habitação). O manancial escolhido foi o Ribeirão do Roque.
Com tudo realizado satisfatoriamente em 29/08/1976 o Prefeito Joaquim Lopes Troya inaugurava o tão sonhado serviço de abastecimento de água, com captação, estação de tratamento e distribuição, com financiamento a ser pago em 18 anos, com 3 de carência e cada 4 meses. Em razão disso a cidade se transformou e começou a ter um crescimento espantoso. Onze anos depois, resultante do crescimento, mais uma adutora de água bruta foi executada na administração do Prefeito Orlando Leme Franco.
Em razão direta do melhor suprimento de água o progresso foi cada vez maior, dai surgindo outras necessidades.E a atenção do Prefeito Luiz Fernando Marchi foi voltada para a zona rural. Em 1982 surgiu o aproveitamento da nascente Olho D’Agua no Taquari Bairro, abastecendo a população local. Também melhoras no tratamento da qualidade da água como cloração e fluoretação ocuparam espaço no sistema. O Manancial Landgraff recebia tratamento com o cloro e a ETA recebia a fluoretação, medida salutar para a proteção dentária.
Em 1990 foi executado o serviço de abastecimento, no Bairro Caju, com o aproveitamento de um poço profundo perfurado na administração do Prefeito Orlando Leme.
O ano de 1991 foi premiado com a execução da segunda adutora de água tratada que saindo da ETA abastecia o reservatório do Jardim Capitólio, resolvendo o sério problema de falta de água na região sul da cidade.
Em 1992 chegou a vez do Bairro Taquari Ponte ter o serviço de abastecimento de água.
Na ETA era construído mais um reservatório de 2000 m3 aumentando consideravelmente a reservação.
Em 1996 foi construído mais um conjunto de floculadores, decantador e filtros para melhor tratar a água.
Em 1997 na administração do Prefeito Nilo Sergio Pinto o alto do Jd. São Joaquim e bairros adjacentes tivera problema de água resolvido de um reservatório elevado no início da estrada Taquari, que recebe água recalcada do Reservatório Santana. Também em 1997, o Jardim Santa Marta recebia o extraordinário melhoramento que é o reservatório sem-enterrado de 2000 m3 e o elevado de 250 m3.
Em 2006 o abastecimento de água teve significativa melhora em razão da execução da adutora de 600 mm sendo a terceira adutora de água bruta, aumentando consideravelmente a produção de água. Também foram construídos na ETA um reservatório de 3000 m3, um conjunto de floculadores, decantador e filtros e uma adutora e 600 mm de água tratada reforçando a área do Jardim Capitólio e adjacentes e o setor do Jardim do Bosque. No Jardim Santana foi executado um reservatório de 2500 m3.
O Bairro Ibicatu é abastecido por uma mina de água que se situa no alto do morro, à direita da estrada Leme-Ibicatu. Esse abastecimento existe há mais de 100 anos e sua manutenção é feita pelos próprios moradores daquela comunidade. Entretanto a SAECIL, no sentido de dar melhor qualidade de vida aqueles que lá residem, evitando a contaminação da água através de fossa mal construídas, executou a rede de afastamento de esgoto com tratamento em uma fossa séptica e gratuitamente.
O sistema de afastamento de esgoto contempla em 100% o atendimento na cidade, como também atende os bairros Taquari, Taquari Ponte e Caju, sendo no Taquari Ponte a rede não está implantada na margem esquerda do rio Mogi no chamado loteamento do Lavezzo e antes da ponte sobre o rio.
Atualmente em fase final de implantação está a Estação de Tratamento de Esgoto, que fica ao lado da estrada vicinal que liga Leme a Fazenda Cresciumal. Os emissários e interceptores estão implantados ao lado dos Córregos Constantino, Agua Espraiada, Glória, Batinga e Ribeirão do Meio e o afastamento da região envolvida está despejando próximo a ETE. O outro lado dos emissários, ao longo dos Córrego Serelepe e Invernada estão em obras.
Ao longo da história da SAECIL várias pessoas assumiram o comando da Autarquia. O primeiro foi o Eng.º Jose Nazareno Oazi, que providenciou a estruturação e o sistema organizacional da entidade após a criação do DAEL (Departamento de Água e Esgoto de Leme), na administração Victorio Bonfanti.
A seguir assumiram Sergio Antônio Antunes, Cel. Evandro no período da intervenção de 1970 à 1973, João Mancini, vice-prefeito de Joaquim Lopes Troya, o qual mudou a denominação para SAECIL (Superintendência de Água e Esgoto da Cidade de Leme), Adaylton Jose Haiter, Oswaldo Moro, Eng.º Francisco Custódio de Lima. Eduardo Curioni, Eng.º Francisco José Fernandes, novamente Jose Nazareno Oazi, Elias Fernandes de Carvalho, novamente Eng.º Francisco Jose Fernandes, Marcelo Pedroni Neto, Eng.º Sergio Luiz Dellai, Jose Carlos Mide, Eng.º Alziro Godoy Junior, Valentin Ferreira, Reinaldo Barros Cicone, Ricardo Moraghi , Valentin Ferreira, José Roberto Tonolli, Raul Augusto Nogueira, Marcos Roberto Bonfogo, Fernando Wagner Klein e atual diretor Maurício Rodrigues Ramos.